A segurança da barragem é assegurada por meio de um programa de vigilância e manutenção abrangente, sob a responsabilidade das Superintendências de Obras, Engenharia, Manutenção e Operação. A usina mantém um banco de dados com mais de 30 anos de leituras de instrumentação e todos os desenhos técnicos foram digitalizados, para permitir acesso rápido às informações. Quando possíveis problemas são identificados, estudos adicionais são conduzidos, instrumentação é adicionada, e/ou protocolos de manutenção são modificados.
Os técnicos da Itaipu têm o auxílio de 2.400 instrumentos (1.358 no concreto, 881 nas fundações e 161 para geodesia), sendo 270 automatizados, e 5.295 drenos (949 no concreto e 4.346 nas fundações) para acompanhar o desempenho das estruturas de concreto e fundações.
Caixa seletora | Reúne os cabos elétricos de vários instrumentos em uma central que, ao ser conectada ao aparelho de leitura, fornece dados destes instrumentos. |
Pêndulo direto | Mede os deslocamentos horizontais de pontos dos blocos instrumentados da barragem em determinadas cotas, em relação à fundação da estrutura. |
Pêndulo invertido | Mede os deslocamentos da fundação da barragem em relação a um ponto da fundação suficientemente profundo para ser considerado fixo. |
Medidor elétrico de junta | Mede os deslocamentos de abertura e fechamento de determinadas juntas de contração de estruturas de concreto. |
Base de alongâmetro | Mede abertura, fechamento, recalque e deslizamento entre blocos ou juntas de monolitos. |
Deformímetro de armadura | Mede as tensões em barras de armadura, no interior de estruturas de concreto. |
Tensômetro de concreto | Mede a tensão no interior de estruturas de concreto. |
Deformímetro de concreto | Mede a deformação do concreto e, por esta deformação, obtém-se a tensão que está atuando na estrutura. |
Termômetro de resistência | Mede a temperatura no interior da estrutura de concreto. |
Medidor de vazão | Mede as vazões de percolação através das estruturas e fundações das obras de terra e concreto. |
Extensômetro múltiplo de haste | Mede as deformações da fundação com relação ao ponto de ancoragem de sua haste. |
Piezômetro Standpipe | Permite conhecer a subpressão atuante no local da sua instalação. |
Piezômetro elétrico | Permite conhecer a subpressão atuante no local da sua instalação. |
Medidor de assentamento IPT (medidor de recalque) | Mede deformações verticais ocorridas nas barragens de terra. |
Célula de pressão total | Mede as pressões totais atuantes na zona de contato solo-concreto. |
Medidor triortogonal | Mede os deslocamentos entre juntas de concreto e zonas fraturadas nos maciços rochosos. |
Medidor de nível d’água | Mede o nível da água presente no subsolo (lençol freático). |
A auscultação é o conjunto de formas de observação do comportamento da barragem e fundações, para controlar suas condições de segurança, comprovar a validade das hipóteses e dos métodos de cálculos utilizados no projeto e verificar a necessidade de medidas corretivas.
Este trabalho considera os dados fornecidos pela instrumentação e as inspeções visuais efetuadas pelas equipes de segurança de barragem.
O projeto de auscultação da represa de Itaipu busca a garantia da segurança da barragem; com economia, facilidade de instalação e manutenção da instrumentação. Os blocos mais instrumentados, denominados blocos chave, foram selecionados levando em conta altura, posição, tipo, representatividade de um trecho e fundação.
No projeto original da Itaipu foi adotado o critério da leitura periférica da instrumentação, em vez da leitura centralizada e automática, pois a leitura periférica obriga os técnicos a visitar rotineiramente toda a barragem, assegurando assim a observação das estruturas e fundações e dos próprios instrumentos.
Uma rede de sismômetros monitora a área da barragem e do reservatório da Itaipu. O objetivo é verificar a ocorrência de sismos induzidos pelo enchimento do reservatório, até hoje não registrados.
Os equipamentos são capazes de registrar terremotos que ocorrem inclusive em regiões remotas, como a Cordilheira dos Andes e as Filipinas.
Uma forma de observar o comportamento da barragem são as inspeções visuais, que complementam os resultados de instrumentação.
Equipes de leitura, engenheiros encarregados da elaboração dos relatórios de interpretação e dos pareceres técnicos e consultores percorrem periodicamente os 7,9 km da barragem a fim de obter dados que indiquem o desempenho das estruturas e o estado de segurança da obra.
A cada quatro anos, um grupo de especialistas internacionais em engenharia de barragens analisa o desempenho das estruturas civis da Itaipu.
Criado em 1974, o “Board de Consultores Civis” realiza inspeções técnicas e analisa os dados da auscultação para aferir as condições de uso e segurança da usina. Se necessário, recomenda eventuais ações de melhoria e correção. Ao término de cada reunião é elaborado um relatório.
© 2025 Itaipu Binacional
Todos os direitos reservados
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